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Jogadores de futebol estão sob risco de doença motora fatal
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Jogadores de futebol profissionais parecem estar em grande risco de ter uma doença neurológica que causa paralisia e morte, de acordo com cientistas da Universidade de Turim, na Itália.
Um estudo feito com 7 mil jogadores italianos mostrou que o problema é cinco vezes mais comum do que o esperado.
É o mesmo tipo de doença neurológica de que sofre o físico Stephen Hawing, autor do best-seller Uma Breve História do Tempo: a esclerose amiotrófica lateral.
A pesquisa foi publicada na revista New Scientist e no jornal Brain.
Causa desconhecida
Ela foi motivada pela descoberta, há alguns anos, de 33 casos de esclerose amiotrófica lateral durante uma investigação sobre o uso de drogas ilícitas entre 24 mil jogadores de futebol profissionais e semi-profissionais na Itália.
Com exceção de alguns casos raros genéticos, a causa da esclerose amiotrófica lateral é desconhecida.
É a forma mais comum de doenças motoras neurológicas. A doença é causada pela morte de células - chamadas neurônios motores - que controlam o movimento no cérebro e na espinha dorsal.
Ainda não há cura para a doença.
A equipe da Universidade de Turim, chefiada pelo médico Adriano Chiò, analisou registros médicos de jogadores de futebol que atuaram na Itália na primeira ou na segunda divisões entre 1970 e 2001.
Baseado na taxa de incidência de esclerose amiotrófica lateral na população, eles esperavam que apenas um dos jogadores tivesse a doença. Mas os cientistas constataram que cinco tinham o problema.
Além disso, esses jogadores desenvolveram a doença numa idade jovem, quando o normal é a esclerose amiotrófica lateral se manifestar por volta dos 40 anos.
Os pesquisadores sugerem que o alto risco pode estar ligado a lesões esportivas, drogas para melhorar o desempenho ou exposição a toxinas ambientais, como fertilizantes ou herbicidas usados nos campos de futebol, além de fatores genéticos.
Estrutura
Mas também pode ser que pessoas que tendem a ter a esclerose amiotrófica lateral sejam atraídas pelo esporte, de acordo com o médico Ammar Al-Chalabi, do Instituto de Psiquiatria de Londres.
"Pode ser que haja uma qualidade na sua estrutura neuromuscular que não apenas as transformem em bons esportistas, mas também as deixem suscetíveis à esclerose amiotrófica lateral", disse.
O médico Brian Dickie, da Associação de Doenças Motoras Neurológicas, disse: "Ainda não sabemos as causas dessa relação, ou se ela se refletiria em outros grupos de jogadores de futebol e de esportistas".
"Há algumas casos não científicos que mostram relação entre altos níveis de exercícios físicos e um alto risco de desenvolvimento de doenças motoras neurológicas."
O médico enfatizou que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto para se chegar a uma conclusão definitiva.
BBC, em Londres
Jogadores de futebol profissionais parecem estar em grande risco de ter uma doença neurológica que causa paralisia e morte, de acordo com cientistas da Universidade de Turim, na Itália.
Um estudo feito com 7 mil jogadores italianos mostrou que o problema é cinco vezes mais comum do que o esperado.
É o mesmo tipo de doença neurológica de que sofre o físico Stephen Hawing, autor do best-seller Uma Breve História do Tempo: a esclerose amiotrófica lateral.
A pesquisa foi publicada na revista New Scientist e no jornal Brain.
Causa desconhecida
Ela foi motivada pela descoberta, há alguns anos, de 33 casos de esclerose amiotrófica lateral durante uma investigação sobre o uso de drogas ilícitas entre 24 mil jogadores de futebol profissionais e semi-profissionais na Itália.
Com exceção de alguns casos raros genéticos, a causa da esclerose amiotrófica lateral é desconhecida.
É a forma mais comum de doenças motoras neurológicas. A doença é causada pela morte de células - chamadas neurônios motores - que controlam o movimento no cérebro e na espinha dorsal.
Ainda não há cura para a doença.
A equipe da Universidade de Turim, chefiada pelo médico Adriano Chiò, analisou registros médicos de jogadores de futebol que atuaram na Itália na primeira ou na segunda divisões entre 1970 e 2001.
Baseado na taxa de incidência de esclerose amiotrófica lateral na população, eles esperavam que apenas um dos jogadores tivesse a doença. Mas os cientistas constataram que cinco tinham o problema.
Além disso, esses jogadores desenvolveram a doença numa idade jovem, quando o normal é a esclerose amiotrófica lateral se manifestar por volta dos 40 anos.
Os pesquisadores sugerem que o alto risco pode estar ligado a lesões esportivas, drogas para melhorar o desempenho ou exposição a toxinas ambientais, como fertilizantes ou herbicidas usados nos campos de futebol, além de fatores genéticos.
Estrutura
Mas também pode ser que pessoas que tendem a ter a esclerose amiotrófica lateral sejam atraídas pelo esporte, de acordo com o médico Ammar Al-Chalabi, do Instituto de Psiquiatria de Londres.
"Pode ser que haja uma qualidade na sua estrutura neuromuscular que não apenas as transformem em bons esportistas, mas também as deixem suscetíveis à esclerose amiotrófica lateral", disse.
O médico Brian Dickie, da Associação de Doenças Motoras Neurológicas, disse: "Ainda não sabemos as causas dessa relação, ou se ela se refletiria em outros grupos de jogadores de futebol e de esportistas".
"Há algumas casos não científicos que mostram relação entre altos níveis de exercícios físicos e um alto risco de desenvolvimento de doenças motoras neurológicas."
O médico enfatizou que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto para se chegar a uma conclusão definitiva.
BBC, em Londres
URL Fonte: https://homenews.com.br/noticia/2820/visualizar/