Líderes deixam para última hora indicações para a CPI da Petrobras
Os líderes partidários do Senado deixaram para os últimos instantes desta terça-feira (26) a definição de seus representantes na CPI da Petrobras. O prazo termina meia-noite e até agora apenas o PDT indicou formalmente seu representante, o senador Jeferson Praia, do Amazonas. As indicações estão ainda pendentes devido às disputas pelos cargos de comando da CPI, presidência e relatoria.
Um dos principais operadores é o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). Após reunir sua bancada no final desta tarde e prometer uma decisão, ele mais uma vez adiou as indicações.
“Estou com dificuldades para convencer quem não vai participar da CPI, então vamos indicar no prazo regimental. Vou usar o prazo até o último minuto. É importante que os indicados sejam leais ao partido, ao país e à Petrobras”, disse Calheiros.
A indefinição do PMDB, que tem três vagas de titulares e duas de suplentes, tem atrasado outras indicações. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), precisa indicar dentro do bloco que o PT compõe com outros partidos mais três titulares e dois suplentes para a CPI, mas aguarda conversas com lideranças do governo antes de definir os representantes.
Cargos de comando
Mercadante é um dos principais defensores de que o governo fique com os dois cargos de comando, posição que teria o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Calheiros, por sua vez, gostaria de dar o comando da CPI para a oposição, mas já comunicou ao líder do DEM, José Agripino (RN), que um acordo está praticamente descartado pela base aliada.
Para os jornalistas, Calheiros disse que defenderá a realização do acordo como melhor caminho, mas ressaltou que é “direito da maioria” escolher os cargos-chave da investigação.